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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Jogadores pretendem dedicar triunfo a Renato Gaúcho


Pode ser meio clichê, mas é nos momentos difíceis que as pessoas costumam criar vínculos difíceis de serem quebrados. No Bahia, é este o lado positivo que todos estão tentando tirar da tristeza que o técnico Renato Gaúcho viveu nesta semana.

No último domingo, logo após o desagradável duelo do tricolor com o Madre de Deus, que terminou sem gols, o treinador foi informado de que sua mãe, Maria Portaluppi, tinha morrido. No mesmo dia, Renato viajou a Porto Alegre, onde ficou até esta quinta-feira, 25, quando retornou para comandar seu primeiro treino na semana do confronto mais importante do futebol baiano.

Um triunfo no Ba-Vi deste domingo não fará a dor do comandante passar, mas vai ajudar muito a levantar o astral tanto dele quanto do grupo, que ainda não se encontrou em 2010. “Qualquer um que perde um ente querido, como a mãe, vai sentir dor. Nós jogadores estamos aqui para ajudá-lo a reerguer a cabeça”, afirmou o zagueiro Vágner.

Mas ele dispensa aquele outro de clichê de dedicar a vitória a quem está sofrendo. “Temos os nossos objetivos independente disso, mas acho que, se cada um de nós pensar um pouquinho no Renato durante o jogo, vai se doar bem mais”.

O lateral-esquerdo Diego, que foi vice da Copa do Brasil com o treinador, pelo Vasco, em 2006, deve a Renato a nova chance que ganhou de jogar em uma grande equipe. Estava atuando no modesto Macaé, quando teve seu nome indicado para defender o tricolor.

Diego conhece bem o técnico e diz que ele está sabendo administrar o sofrimento. “A perda da mãe é complicada, mas ele está tranquilo, sereno, como sempre. Lógico que uma vitória em um clássico vai levantar o astral, não só dele como de todo mundo”, acredita.

Segredos - No dia do seu retorno, Renato Gaúcho promoveu o primeiro treino tático da semana, mas só deu pistas de qual será a formação defensiva da equipe. Enquanto todos os jogadores de frente praticavam cruzamentos e finalizações, a retaguarda realizou trabalho de posicionamento. As peças se revezaram, mas o sexteto que mais se repetiu foi Apodi e Diego nas laterais, Vágner e Nen na zaga, Marcone e Leandro na proteção.

Na manhã desta sexta, 26, vai ter treino secreto no Fazendão e a imprensa só terá acesso quando terminar o coletivo, que vai definir a escalação. Apesar do mistério, Diego já vive a expectativa de estrear no Ba-Vi.

“Estou tranquilo e pronto para a possibilidade de ser titular. Claro que jogar a primeira partida logo num clássico dificulta, mas não adianta se desesperar”, disse ele, que comparou o duelo com um dos mais tradicionais do Brasil: “É um clássico de multidões, assim como Vasco e Flamengo”.

Com a camisa cruzmaltina, Diego não se deu muito bem diante do rubro-negro. Em sua melhor fase, na Copa do Brasil de 2006, perdeu a decisão justamente para o maior rival. Por isso, ele lembra com mais carinho da semifinal, em que o Vasco eliminou outro adversário carioca: o Fluminense.

O principal concorrente de Diego para começar na lateral esquerda é Ávine, que volta de cirurgia no nariz. Está pronto, mas não participou do treino da defesa. Ficou do outro lado do campo, cruzando bolas na área para os atacantes.

Daniel, que vinha sendo o titular, não deverá nem ficar no banco. No ataque, Edilson e Rodrigo Gral continuam formando dupla e o protegido Abedi não perde a camisa 8.

Última chance - A grande dúvida é sobre quem será o principal armador de jogadas do time. Com Rogerinho em forma, as interrogações sairiam de cena, mas o paraense não está confirmado.

Nesta quinta, novamente não desceu para o campo, mas fez tratamento no joelho machucado e musculação. Caso não participe da atividade desta sexta, mesmo que de uma maneira mais leve, dificilmente atuará.

As opções para o lugar, caso fique vago, são dois garotos da base. O esforçado e veloz Ananias, mais experiente em Ba-Vis, ou o habilidoso Maurício, que estreou profissionalmente no final do ano passado e foi titular no primeiro clássico do ano.

fonte www.atarde.com.br

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